O Z Piconeiro
Que dura de ouvido
E quem o conhece na aldeia
Bem sabe que negra da cor do pico
A sina do Z Piconeiro
Que assina o destino com paus de carvo
Por cada borrada
E o galho que acende
Recebe uns patacos por conta da ceia
E acaba por queimar a vida
A apanhar cavacos para a lareira alheia
noite depois da jornada
Junta-se da tasca com outros malteses
Que jogam a fome s moedas
E apostam na vida
Centenas de vezes
E diz o jornal da taverna
Que o velho faz verso
E toca a bandurra
Maluco os diz o Piconeiro
E atira um sorriso por cima da burra
E diz o jornal da taverna
Que o velho faz verso
E toca a bandurra
Maluco os diz o Piconeiro
E atira um sorriso por cima da burra
Maluco os diz o Piconeiro
Maluco os diz o Piconeiro