E de repente, a porta abriu-se.E de repente, o mar entrou quando eu te disse, louco.E num instante, o mundo para.O sono agarra os teus passos de anjo.Como se fossem silêncio, os teus passos de anjo.E num momento, invento histórias, quanto mentiras, já sem memória.E só o sangue esconde as palavras, que o sono empurra para os teus dedos de anjo.Como se fossem silêncio, os teus passos de anjo.E sem segredo, os teus dedos de anjo.Adormeces então devagar, e nos teus braços há sempre lugar.Deito-te comigo neste chão.Sinto que respiram.Por entre as mãos, os teus olhos de anjo.Como se fossem eternos.Os teus olhos de anjo.Os teus olhos de anjo.A cada minuto.O tempo foge.Quero dizer-te.Que não demores.Rimos os dois.Como quem ri da tristeza.Em cada abraço.Uma loucura de anjo.Como se fosse sagrada.Uma loucura de anjo.Uma loucura de anjo.Por essa estrada.Não vejo o chão.Vejo que a noite.Cresce na mão.E se isso é céu.E estrelas do mar.Então sou teu.Nesse choro de anjo.Então sou teu.Como se fosse secretoComo se fosse secretoEsse teu choro de anjoAdormeces então devagarE meus teus braços há sempre lugarDeito-te comigoneste chão.Sinto que aspira por entre as mãos os teus olhos de anjoComo se fossem eternosOs teus olhos de anjoOs teus dedos de anjoComo se fossem silêncioOs teus passos de anjoComo se fossem sagradosDesse teu choro de anjoComo se fosse secretoComo se fossem silêncio