O ar que não entra em meus pulmões
Circula e vai pra todo lugar
Estático em vão
Imóvel e imparável
O calor em minha pele
É real
Como o que virá
Amanhã
Invisível
E imutável
O rio que entrarei
É paradoxal
Falar sobre mudança
Quando a estaticidade domina
Desesperado
Em vão
É paradoxal
Histérico e hiperbólico
O frio em meus olhos
Artificial
Não é o que eu sinto
Tudo muda
Mas nada muda
Mas nada muda
Mais nada muda
Mas nada muda
Mais nada muda
Mais nada muda
Mais nada muda
Mais nada muda
Mais nada muda
Mais nada muda
Mais nada muda
Eu não me desesperaria toda vez
Que percebo que o tempo não passa
Como eu penso que deveria
Como eu penso que deveria