No
cais deserto ficam os anjos
Da terra quente por conquistar.
Nove soldado,
que vens,
Senhor,
por sobre as asas do Tendregal.
Beijas os corpos no chão queimados,
nunca serás o nosso perdão.
Salgas os dentes que não tiveste,
cepando os fios que não são teus.
Nove soldado,
nunca sonhaste
ver uma espada na mão de Deus.
Da cruz se faz uma lança enxante,
que sangra o cérebro só de meio dia.
Do meio dos corpos apesta a lama,
lento o final onde o amor nascia.
Ai, Tico,
calam-se as vozes
dos teus avós.
Ai, Tico,
se
outros calam,
cantemos nós.
Ai,
Tico,
calam-se as vozes
dos teus avós.
Ai,
Tico,
se
outros calam,
cantemos nós.
Ai,
Tico,
calam-se as
vozes
dos teus avós.
Ai,
Tico,
se outros calam, cantemos nós.