I-9, aumenta minha voz aqui
Tava precisando de uma dessa, né? Assim, ó
Como Chico Xavier, vou
Tabuleiro ou idia, mais forte que eu
O escolhido, quem escolhe é Deus
Truque, respira, conspira
Minha mente procria, cada rap é um parto
Bolsa rompida e no mic, cuspe no fogo
Cada punch que eu rimo é um gozo
Da sua mente eu não minto
Cada presidente aqui é um bozo
Desgosto, mais raivoso
Que cachorro em agosto
Se eu abaixo a calça ou se eu rimo
Ela fala que grosso
E o kit coberto de ouro
Com a sola do pé de esgoto
Pronto pra agarrar naquelas ideia
Se quer paz eu quero em dobro
E hype é meu pão
Cês dão muita mídia pra quem não soma
Ainda bem que a favela tem
TZ, Major, RT e Djonga
Bem mais de uma vez já pensei em parar
Achando que o rap não era pra mim
Até que apareceu esse fã e falou
Que escutou minha parada e não quis se matar, oh
E outro me disse que largou
O vício do rancho é seu re-***
Ouvindo minha rima trancado
Então te pergunto se meu rap
Vai além do meu olho claro
Se ele salva ouvidas e aplaude preto os caras
Quem quer meu mal me vê na guerra
Estilo Sun Tzu
Isso é normal, tem uma década que eu tumultuo
Quem quer meu mal me vê na guerra
Estilo Sun Tzu
Isso é normal, tem uma década que eu tumultuo
Pagem na pureza, mas eu vim da profissão perigo
Virei referência até no meio dos meus inimigos
Ele sabe o certo e faz o feio parecer um vício
O TZ só faz esse apelo, ele só fala disso
Mas olha pro menor de gueto
Ele não quer ser mais bandido
Olha pro menor de preto
Se inspirou no meu estilo
Doutrinado desde cedo, você sabe que é aquilo
Jóias do lado esquerdo, pra não oprimir o crocodilo
Virando essa página, só paro pra imaginar
Não pare de ritmar, nenhum lugar, nem os amigos
Se tem preço, nós vai comprar
Se tem valor, vai conquistar
Mas eu não preciso provar, nenhum lugar, nem os amigos
Ah, com essa responsa no meu peito
Eu não vou recuar, não tenho medo
Ah, fui escolhido, então não rejeito
Já tava inscrito, então não tem jeito
Ah, com essa responsa no meu peito
Eu não vou recuar, não tenho medo
Ah, fui escolhido, então não rejeito
Já tava inscrito, então não tem jeito
Tá ficando chato essa disputa
Todo meu vai se tentando provar que eu sou bom pra esses filha da puta
Fazer o que, mas não é minha culpa
Hoje eu entendo o meu valor, pô
Eu sou major, cês são recruta
Igual o TZ, problema no contrato
Meu trato com Deus, por isso que nunca vai faltar comida no prato
O urso no peito é fato
Que o bonde é meu, eu sou o meu
O bonde é feroz, não tenta com nós
Conto sozinho, se eu sentir medo, eu mato
Eu rimo assim, a cena é uma bagunça
Policial no palco do rap, papel escroto
Por que cê finge que é uma cultura?
Cola no meu show, se eu cantar só rock, tá morto
O bonde falou, também pensei em parar
Sem freio, sem grana, com fome lá na roda da pracinha
Bati na porta dessas gravadoras
Tentei entrar, ninguém deixou, ok, montei a minha
Agora o show devasta, a conta da minha mãe tá paga
Meu bonde atropela igual uma draca
Eu sou uma praga
Sei usar droga, mas minha rima traga
Até que traga grana pra minha tropa
Rock danjo maga
Deus olha pra mim na pequenininha e nunca que me desampara
Dá o terço agora de Nossa Senhora lá fora pra eu me vender
Cê tem que instruir o menor que chegou e tá ganhando um dinheiro agora
Que é mó corrida pra história e outra corrida pra você se manter
Cê tem que instruir o menor ponto louco
Nascer de um troco que o mundo não é um copom
Com gelo de coco, um pouquinho do que ele toma lá no rolê
A vida é louca, muito louca
E hoje as pessoa tá ruim, como aquela pinga seca
Que não quer descer, que não quer descer, que não quer descer
O amor é a coisa mais valiosa que se pode ter
E o respeito pra quem não tem, o amor não se dá
E eu vim com a levada do rouva
É rap nessa porra
E o verso que eu fizer eu vou te arrepiar
Os meus orixá, você pode ir pra aqui
Vem me avisar, vem na bolota do olho
Se tiver no meio do erro, as ideia já era
Eu digo amém
No barato do morro, a bolota do oi
Cê vai percebendo o quanto de malandragem que um bom malandro tem
Playboy não tenta, não fala
Vai tomar tapa
Eu sou a rua, dez anos, morou meu chapa
Eu inventei o Costa Gordo
Eu tinha quinze anos
Peguei o nome do meu bairro e cravei no mapa
Gravei o mapa, travei o mapa
Cê não vem querer pá
Quero ver quem, quero ver quem tá
Eu corri, eu parei, eu venci, eu sorri, eu sorri, eu serei sem trato
Minha família dá toda a força que eu preciso
E o resto é resto aliado
Diretamente da boca do lixo
Eu tô pro hip hop igual o Doutor Castor
Tá pro jogo do bicho
Nós veio pra pegar um picho
Mas muito mais que isso
Pra sempre o rap vai ser compromisso
Pra sempre o rap vai ser compromisso