eMarcelo Moura, momento fé eemoção com Cristo no coração.Uma pobre mulher morava em suahumilde casinha com sua netamuito doente. Como não tinhadinheiro para levá-la ao médicoe vendo que apesar de seusmuitos cuidados com remédios eervas, a pobre criança pioravacada dia mais. Resolveu iniciara caminhada de duas horas até apróxima cidade em busca deajuda. E chegando no únicohospital público da região, foiaconselhada a voltar para casa etrazer a neta junto para queessa fosse examinada. Quandoestava voltando já desesperadapor saber que sua neta sequerconseguia levantar-se da cama, asenhora passou em frente a umaigreja. E como tinha muita fé emDeus, apesar de nunca ter entradoem uma igreja, resolveu pedirajuda. Ao entrar, encontroualgumas senhoras ajoelhadasorando. As senhoras receberam avisitante e após se interarem dahistória, a convidaram para seajoelhar e orar pela criança. Eapós quase uma hora de fervorosaoração e pedidos de intercessão aopai, as senhoras já iam selevantando quando a mulher pediu.Eu também gostaria de fazer aminha oração. Vendo que setratava de uma mulher de poucacultura, as senhoras retrucaram.Não é necessário. Com as nossasorações, com certeza sua neta irámelhorar. Ainda assim, a senhorainsistiu em orar e começou.Deus, sou eu. Olha, a minha netaestá muito doente. Eu gostariaque o senhor fosse lá e curasseela. Pai, por favor, pegue umacaneta que eu vou lhe explicar oendereço. As senhoras estranharam,mas continuaram ouvindo. Já estácom a caneta, Deus? Então vamoslá. Vá seguindo o caminho paraBelo Horizonte e quando achar orio com uma ponte, entre nasegunda estradinha de barro.A essa altura, as senhoras jáestavam se esforçando para nãorir da senhora, mas ela continuou.Seguindo mais uns vinte minutinhos,tem uma vendinha. Entre na ruadepois da mangueira, que o meubarraquinho é o último da rua.Pode ir entrando que não temcachorro. E nisso as senhorascomeçaram a rir e a se indignarcom a situação. Olha, Deus, aporta está trancada. A senhorafica de baixo do tapetinhovermelho na entrada. Então osenhor pega a chave, entra e curaminha netinha. Mas olha, Deus, porfavor, não se esqueça de colocara chave debaixo do tapetinhovermelho, senão eu não consigoentrar quando eu chegar em casa.A esta altura, as senhorasinterromperam aquela oração,dizendo que não era assim quedeveria orar, mas que ela poderiair para casa sossegada, mas queela poderia ir para casa sossegada,pois eram pessoas de muita fé eDeus com certeza iria ouvir assuas preces e curar a sua menina.Então a senhora voltou para a suacasa um pouco desconsolada, mas aoentrar em sua casa, sua neta veiocorrendo ao seu encontro. Minhaneta, você está de pé, como épossível? E a menina explicou,vovó, eu ouvi um barulho na portae pensei que fosse a senhoravoltando. Porém, entrou um homemalto com um vestido branco em meuquarto e mandou que eu levantasse.Não sei como, mas eu levantei. Equase em prantos, a meninacontinuou. Depois, vovó, elesorriu, beijou a minha testa edisse que tinha que ir embora.Mas ele pediu para avisar queconforme a senhora mandou, ele iadeixar a chave debaixo do tapetinhovermelho.