O homem chega e já desfaz a natureza,
tira a gente,
põe represa,
diz que tudo vai mudar.
O São Francisco lá pra cima da Bahia diz
que dia a menos dia vai subir bem devagar.
E passo a passo vai cumprindo a profecia
do viado que dizia que o sertão ia alagar.
O sertão vai vir amar dado o coração,
por medo que algum dia o mar também vire sertão.
Vai vir amar dado o coração,
por medo que algum dia o mar também vire sertão.
Adeus Remanso,
Casa Nova,
Centro-Sé,
adeus Pilão Arcado,
vem o Rio de Inguli.
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira,
por cima da cachoeira o gaiola vai subir.
Vai ter barragem no salto do Sobradinho,
e o povo vai-se embora com medo de se afogar.
O sertão vai vir amar dado o coração,
por medo que algum dia o mar também vire sertão.
Vai vir amar dado o coração,
por medo que algum dia o mar também vire sertão.
Adeus Remanso,
Casa Nova,
Centro-Sé,
adeus Pilão Arcado,
vem o Rio de Inguli.
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira,
por cima da cachoeira o gaiola vai subir.
Vai ter barragem no salto do Sobradinho,
e o povo vai-se embora com medo de se afogar.
O sertão vai vir amar dado o coração,
por medo que algum dia o mar também vire sertão.
Vai vir amar dado o coração,
por medo que algum dia o mar também vire sertão.
Remanso,
Casa Nova,
Centro-Sé,
Lão Arcado,
Sobradinho,
adeus,
adeus.
Remanso,
Casa Nova,
Centro-Sé,
Lão Arcado,
adeus,
adeus.
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