o Coru come no Terreiro de Sinha-Maria
e o Coru come no terreiro de Sinha-Maria
o Coru come no terreiro de Sinha-Maria
quando meia-noite, quando meio-dia
um tamborecoa feito uma cavalaria
vende angola, vende taup
rua cheia da liberdade e da escravaria
o Coru come no terreiro de Sinha-Maria
joga o batuque, um bigada tem a cox e um duro
maculele, marujada, maracatu
segura a barra da saia, levanta a cala at o joelho
pisa no barro vermelho e deixa o corpo balanar
o Coru come no terreiro de Sinha-Maria
oi morena que roda a saia, no tem tocaia pra te prender
melhor de ter o quadroeiro e o teiteiro tiareir
se tem roda de jongueiro eu vou at o sol raiar
mas se tem roda de santo, o santo vem pra rodar
o Coru come no terreiro de Sinha-Maria
entra nessa roda, vamos ir andar
tem batuqueje, tem fuso e tem corpo um barro
vem e arrasta a p sob o claro da lua
hoje a casa sua, pode se enxergar
o Coru come no terreiro de Sinha-Maria
l-l-, l-l-l, l-l-
o Coru come no terreiro de Sinha-Maria
l-l-, l-l-l, l-l-