Nhạc sĩ: João Bosco, Belchior
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Eu sempre fui fascinado por esse compositor que todo mundo admira no Brasil, que é o Heitor
Villa-Lobos, que é o nosso grande maestro, nosso grande compositor, não só da música formal,
como também um compositor que utilizou o folclore e a música popular para fazer a sua música de
altíssimo nível erudito. Villa-Lobos compôs para tudo e ele tem uma suíte chamada Canto da Floresta
Amazônica, que eu sou fascinado por ela. E eu então resolvi, numa certa época, compor uma canção
marcado por essa ideia do Villa-Lobos da Floresta Amazônica. E convidei um...
um amigo, um grande poeta brasileiro, Belchior, para fazer essa letra para mim. Encomendei a ele
uma letra sobre a Amazônia, então ele escreveu Os Senhoras do Amazonas. E essa...
essa nossa parceria foi muito interessante porque acabou que o Sérgio Mendes gravou essa canção,
lá nos Estados Unidos, eu participei dessa gravação e foi o disco que ele ganhou o Grammy,
Os Senhoras do Amazonas. Então, é uma canção que quando eu viajo, as pessoas todas conhecem muito
essa canção. Mas na época que eu fiz essa canção, tem uma história muito engraçada. Eu tinha levado
essa canção para o Radamés em Átali, escrever a partitura dela, porque eu ia gravar num disco chamado
Virou, escrevia a orquestra. E o... o Radamés escreveu essa orquestra e a gente, naquela época,
o Circo Voador estava comemorando 10 anos de existência e o circo convidou a mim para fazer
um show de comemoração desses 10 anos do Circo Voador. E eu, distraídamente assim, convidei o Radamés,
mas na certeza dele não aceitar. Maestro que é,
como ele era, eu disse, ele não vai aceitar.
Acabou que ele aceitou.
E eu então falei com o pessoal do Circo Vador, eles arranjaram um piano e fomos.
Eu, Turibo Santos, Rafael Rabelo e Radamés Ináter.
Fomos lá para o Circo Vador.
E para tocar o Senhor das Amazonas, eu compus uma abertura que eu dei o nome de Radá no Circo.
Ou seja, Radamés no Circo Vador.
Então ela tem esse título, Radá no Circo, que é a abertura do Senhor das Amazonas.
Então você tem o Radá no Circo e o Senhor das Amazonas.
E essa é uma história lindíssima, que eu conto com muito prazer por estar envolvido com esses personagens.
E essa releitura nesse disco já é também uma releitura diferente, que eu faço com o meu quarteto.
Existe uma série de improvisações.
Improvisações.
Que a gente faz no meio dessa canção, entre eu e o Ricardo Silveira.
Eu faço uma coisa, ele faz junto, depois ele sai para outra coisa.
Eu continuo aqui fazendo aquela coisa que eu fazia antes.
Depois nós invertemos.
Ele volta para onde eu estava, ele faz o que eu estava fazendo e eu vou fazer o que ele estava fazendo.
Essa troca está aí nesse disco e é muito prazerosa de ouvir isso com atenção, que é muito bonito.
Essa situação, esse diálogo entre a voz.
E a guitarra.
Mas enfim, Senhoras Amazonas, Radá no Circo, são essas histórias que compõem essa música que está no Abricó de Macaco.