Deixei as palavras devorar-me os segredosAbracei a cidade e prendi entre os dedosCansei-me das ruas, das luzes de prataEscondi-me nas portas em vertigens de facaAbri as janelas sobre praças divinasE fechei-te nos braços sob a luz das cortinasMergulhei no abismo de um olhar tão urgenteE beijei-te sem pressa pedindo-te o sempreA vida é só este espaço vazioUm instante de mente entre as margens de um rioPedaço de tempo, mentiras eternasUma névoa de gente, despensas pequenasFoi então que sonhei que não tinhas partidoQue as mãos eram o céu e as noites comigoAcordei num abraço sereno de tiE foi preso no nada que num sonho morriDisseste que o quarto te fugia das mãosEu perdi-me no medo que tivesses razãoMata-me a saudade, agarra-me para sempreA vida é só este espaço vazioUm instante de mente entre as margens de um rioPedaço de tempo, mentiras eternasUma névoa de gente, despensas pequenasFoi então que sonhei que não tinhas partidoA vida é só este espaço vazioPedaço de tempo, mentiras eternasFoi então que sonhei que num sonho morriA vida é só este espaço vazioMata-me a saudade, agarra-me para sempreA vida é só este espaço vazioThank you.Thank you.Thank you.