O rap pra mim é um instrumento de resgate,
de informação.
É a voz da periferia,
da favela, a voz da verdade.
Pra aqueles que acham que o rap morreu,
2015,
ultraface, Paraná, Gangsta.
Mais pesado do que antes, tomo de volta no jogo.
O rap é carta de alforria,
a verdade que injeta,
libertação na mente,
convocação pra guerra.
Um incentivo pros moleque ler os livros,
se arma de informação,
ao invés de puxar o gatilho.
Não vou fazer igual os pique-cuzão,
de camaro nos creep,
ilusionando ostentação.
Não engano o meu povo,
não sou mercenário,
não faço música em troca de dinheiro.
Fama,
status,
sou das ruas,
sou trilha sonora do gueto.
Sou favela, sou branco, mas com sangue negro.
E nos becos,
vielas,
barracos,
vejo criança,
pobreza,
miséria,
descaso.
Aqui o sangue molha,
as ruas de terra,
o crime,
recruta os moleque na favela.
Se o rap morre,
só Deus para as rajadas de nove,
trava as pontos cinquenta,
as explosão nos carrofórios.
Se o rap morre,
qual sonho que trava o rifle,
a GROC. Se o rap morre,
pray boy,
cuzão vai ter que ter sorte Se o rap morre,
eu aval pra os moleque,
catostro a quem no coração dos verdadeiro,
rap nunca vai morrer.
Nós já nasceu rimando,
o plano é morrer cantando Contrariando a ciência,
rap é o nosso plano
A cicatriz da coronhada ainda marca sua cara Reflexo da raiva,
não penso em nada
Se o crime tem poder de fogo,
explodindo presídio Rap tem poder de sobra em cada canto vivo
É mais que teoria,
retalhação do meu verso Protesto,
buscando visão de progresso
Não vai me fazer cair,
Deus ajuda a levantar Luta não termina aqui,
o rap me ensinou a andar
E quantas vezes vou ter que dizer pro Locke O
que tá na minha veia indica que o rap não morre
Se fosse conteúdo fraco até tinha razão E
se a levada é mais pesada não nega atenção
Eu faço parte do partido da necessidade Os
meninos subindo a laje ou arrancando a jate
Se o rap morre,
qual som que trava o rifle e a clock?
Se o rap morre,
playboy cuzão vai ter que ter sorte
Se o rap morre,
eu avalo pros moleque Catastrofei no coração dos verdadeiros
O rap nunca vai morrer Se o rap morre,
qual som que trava o rifle
e a clock?
Se o rap morre,
playboy cuzão vai ter que ter sorte
Se o rap morre,
eu avalo pros moleque Catastrofei no coração dos verdadeiros
O rap nunca vai morrer Nos últimos tempos ouvi que o rap morreu
Se isso aconteceu, então me diga quem sou eu?
Tô cantando pra quem?
Tô falando com quem?
Ultrafaça a voz dos oprimidos se tornou ninguém?
Abraça não tiozão,
areia na bola do zóio Papagaio,
tente um monte,
investinha tem de
quilo Mas quando o texão não chega tem no seu
viz?
Prefiro cantar pra um verdadeiro do que?
Pra mil patifes,
o rap é verdadeiro não é essa porra de modinha
Gangsta,
rap gangsta Nunca perdi a essência,
o verdadeiro valor
O rap não morreu,
foi você quem naufragou Mas se o rap morrer,
ninguém segura os moleque
Mas se o rap morrer,
só Deus trava as intratec Não vou te dar esse gostinho de ver o rap
morrer Enquanto Deus me der forças o rap vai sobreviver
Se o rap morre,
qual som que trava o rifle e a clock?
Se o rap morre,
playboy cuzão vai ter que ter sorte
Se o rap morre,
eu avalo pros moleque Catastrofei no coração dos verdadeiros
O rap nunca vai morrer Se o rap morre,
qual som que trava o rifle
e a clock?
Se o rap morre,
playboy cuzão vai ter que ter sorte
Se o rap morre,
eu avalo pros moleque Catastrofei no coração dos verdadeiros
O rap nunca vai morrer Se o rap morre