Eu sou de paz e ninguém me arreda Sou sangue bom, pode acreditar
Eu dou um boi pra não ir pra guerra E uma boiada pra não voltar
Se não for a vera, é melhor parar Ver se não começa, o que é difícil pra terminar
Eu como grama e nem jogo pedra Não sou de ferro pra tolerar
De cima piso, de baixo cerca Meu Deus, onde é que isso vai chegar?
Quando a coisa aperta, é pra arrepiar Se bota na tela, começa a hora do pau quebrar
Como é que é? Como é que é? Se a brincar, a vai dizendo calé
Chacaré, tirar na pé Se duvidar, leva a tete, mulher
Quem cê quer? Quem cê quer? E se marcar, vão pisar no seu pé
Abacoé, tireguelé Bole, fazer, desgastar de colher
Isso é mané
Agora tudo acaba em conversa Não tem conversa pra me levar
Se pro meu lado, ninguém manera Quem é menino pra maneirar?
Se esse leite aceda O mel vai rolar
Oi, traga na tigela Que eu vou beber de milangosar
De tanta gente hoje abrindo as pernas O mundo vai de pernas pro ar
O bom cabrito é bom porque berra E olha o barco que eu vou amar
Tuo escoço é canela E se vacilar
É caixão e vela Ajoelho vai ter que rezar
Porque eu sou filho de meu pai, amigo Por isso não se saia, não
Amigo, não se engane Que eu não paro no portão
Se vier com gaiatins E não usar da sua laimão
Se for mexer comigo Tem pecado sem perdão
Como é que é? Como é que é?
Se a brincar, a vai de cinto calé
Jacaré, que dá na pé
Se duvidar, leva até de mulher
Quem cê quer? Quem cê quer?
E se marcar, vão pisar no seu pé
Abacoé, tireguelé Bole, fazer, desgastar de colher
Isso é mané
A mulher de fora não considera
Também por menos não vou deixar
A minha mãe não cuida da festa
E a dona ingrenca vai grampear
Vou atirar na reta
Eu vou
Vou me adiantar
Mas eu vou
Vê se não me apressa
Me dá licença que eu vou passar
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