I, I, I, I,
I, I, I, é
I, I, I, I, I, I, I, é
Soltos por Havana,
já não há liberdade,
onde só pela grana tudo pode.
Hoje, no entanto, a que preço se paga?
Na ditadura agoniza um sistema,
extremismo também não resolve.
Mas quando andarmos livres pelo rio,
sem medo dos outros, sem medo do escuro e do
vazio,
quando os lírios de nossa imaginação florescerem,
será um delírio.
Lá pelas seis e meia da manhã,
é tanta gente limpando a praia,
é tanto plástico
sujando areia, é tanto esgoto ferrando o mar.
Será que eu sei o que é bom pra mim?
Como ainda caio nessa armadilha?
Por que me sinto tão derrotado,
quando nem há porquê?
Nas ondas dos seus lençóis,
o mar é mais alto,
a mar é mais alto.
Quantas estrelas em nós?
Eu conto, eu conto.
Nas ondas dos seus lençóis, o mar é mais alto,
a mar é mais alto.
Quantas estrelas em nós?
Eu conto.
Ontem andava entre as minas explosivas em Luanda,
hoje a pé anda à luz em Barcelona.
Morre pelos dias dos quizares,
nasce pelas tardes de apartheid,
e vaga em Ohio nas noites de insônia.
Mas quando andarmos livres pelo rio,
sem medo dos outros,
sem medo do escuro e do vazio,
quando os lírios de nossa imaginação florescerem,
será um delírio, será nosso rio, enfim.
Lá pelas seis e meia da manhã,
é tanta gente limpando a praia,
é tanto plástico sujando areia,
é tanto esgoto ferrando o mar.
Será que eu sei o que é bom pra mim?
Como ainda caio nessa armadilha?
Por que me sinto tão derrotado,
quando nem há porquê?
Nas ondas dos seus lençóis,
o mar é mais alto,
a mar é mais alto.
Quantas estrelas em nós?
Eu conto,
eu conto,
nas ondas dos seus lençóis.
O mar é mais alto,
a mar é mais alto.
Quantas estrelas em nós?
Eu conto.