Eu sou do tempo em que aqui se vivia Com igualdade, liberdade e fraternidadeEu sou do tempo em que a casa era coletiva E não se via tanto disso de privacidadeNo meu tempo não existia família A família era toda comunidadeNão se casava nem se dava em casamento Se respeitava a individualidadeAté então, tudo na paz E harmonia dos pagãosÉ, a garotada andava nua e se divertiaNão tinha um passando fome, nem frio, nem sedeO alimento era abundante no fim do dia Rolava sexo na esteira, no chão, na redeSe uma garota engravidava, não se sabia Se o pai do bebezinho era aquele ou esteNinguém ligava e só quando o bafone nascia A brincadeira era identificar o pretendenteMas então, chegou o Cabral E todos sabem no que deuNão é verdadeHoje temos tecnologia Grandes instâncias percorridas em pouco tempoMedicina avançada, odontologia Falar com outro país não leva mais que ummomento A garotada pede esmola na esquinaPra motorista invisível, estressado, doente Crime impassional é notícia quase todo diaFosse além da terra e coisa também de gente Até hoje, nosso Cabral se estrebucha no caixãoAi, que cacada que eu vejoNão admira que Cabral jamais tenha voltado Quando Caminha lhe falou sobre aquela genteMuito provavelmente o Almirante tenha pensado Vou cair fora daqui, meio que de repenteNão quero ser o infeliz, o mal fadado Que vai mexer no equilíbrio aqui reinanteEm dez dias, água, lenha, tudo arrumado Pra ir pra Índia na empreitada beligeranteEntão...Cabral se foi e nunca mais voltou Valeu, Cabralzão, foi e não voltou maisClouds dão imagem Ao Oävirbloodlust decided Goodbye, cannot betiedooooooooChegada de CabralCapitanias HereditáriasUnião IbéricaBrasil ColôniaBrasil ImpérioRepúblicaEm tentona comunistaEstado NovoEm tentoninha comunista de novoMilitaresDemocraciaNósNossos filhosNossos netosNossos bisnetosNossos tataranetosNossos pentanetosE nem o BrasilFelizNós