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Nesse disco, A Bricórdia de Macaco, a gente grava o Nação, regrava o Nação, que é um samba-enredo meu e do Aldir,
que é muito conhecido e que começa dizendo,
Jeje, minha sede é dos rios.
E dessa vez, no A Bricórdia de Macaco, a gente regravou, fez uma releitura de samba bem diferente.
A gente faz uma abertura citando Cordeiro de Nanã, que é uma música de um grupo da Bahia chamado Tim Coense,
que começamos juntos a nossa carreira, por volta de 72, 73.
E essa música, Cordeiro de Nanã, o João Gilberto já havia gravado no seu disco Brasil.
E eu fiz uma gravação a partir dessa ideia do João Gilberto no disco Brasil.
E logo após o Cordeiro de Nanã, eu cito também um samba de roda da Bahia,
que eu aprendi com o Ali Salomão, que foi meu parceiro num dia chamado Zona de Fronteira, junto com o Antônio Cícero.
O Ali, às vezes, ia na minha casa e ficava cantando,
Vou pra Bahia, vou ver, vapor correr no mar, no mar, jeje no mar.
Então, isso aí vem de um samba chamado...
Um samba de roda da Bahia, que diz...
Quem samba fica, quem não samba, vai embora.
Quem samba fica, quem não samba, vai embora.
Se é homem, é meu senhor.
Se é mulher, minha senhora.
Vou pra Bahia, vou ver, vapor correr no mar, no mar, jeje no mar.
Então, eu peguei esse Vou pra Bahia, vou ver, que o Ali sempre me acordava de madrugada cantando isso.
E, depois do Cordeiro de Nanã, eu coloco isso.
Como se fossem, assim, fragmentos da história da música baiana,
já que Nação é uma música que junta o Rio de Janeiro com a Bahia.
Porque ela fala...
Dorival Caymmi falou pra Oxum,
Com Silas estou em boa companhia.
Ele se refere ao Silas de Oliveira.
Então, fiz uma abertura bem própria pra esse samba erredo,
juntando a Bahia com o Rio de Janeiro.
Então, nova leitura de Nação, agora sim, anexando Cordeiro de Nanã e um samba de Rora da Bahia.