Nós ainda somos ajuizados pela cor, ou não?
Acho que nunca sou olhada sem que vejam a minha cor.
Sim.
Ouvi insultos que me consomem
Engoli tudo e fiz-me homem
Começo os dias com os joelhos no chão
Oh, oh Deus, dá-me motivação
Porque eles querem ver-me no chão
O que eles querem é ver-me no caixão
Oh Lord, oh Lord, oh Lord
Mas aprendi que na vida há pessoas assim
Que só conseguem ser ouvidas quando falam de mim
Mas continuo bem firme
Nada disso me abala
Só diz pouco sobre mim e muito sobre quem fala
Perdoa-lhes, Pai
Eu represento o que a tua gente abomina
Firme quando o teu ódio se dissemina
Mas cumpriu-se o que eu pedi em oração
Umas vezes vejo a bênção, outras só a maldade
Eu represento o que a tua gente abomina
Firme quando o teu ódio se dissemina
Mas cumpriu-se o que eu pedi em oração
Umas vezes vejo a bênção, outras só a maldição
Porque antes nenhum pai nos queria para as suas filhas
Hoje são elas que dão luz às nossas crias
Disseram-nos que eu era igual
Mas quantos golos é preciso marcar na tua final
Para tu aceitar que eu também sou daqui
Para que te ames, para que te ames, para que te ames
É que eu volto se eu também nasci aqui
Dizem que a negritude tem o seu chá
Sabor a sangue na calçada e chibatadas na carne
Perdoa-lhes, Pai
As negras e os negros têm que estar constantemente a reinventar-se
Nós estamos num sítio de reinvenção permanente
Toda hora, sempre, desde que nós nascemos
Porque o nosso sítio não é um sítio de conforto
Eu represento o que a tua gente abomina
Firmo quando o teu ódio se dissemina
Mas cumpriu-se o que eu pedi em oração
Umas vezes vejo a bênção, outras só a maldição
Eu represento o que a tua gente abomina
Firmo quando o teu ódio se dissemina
Mas cumpriu-se o que eu pedi em oração
Umas vezes vejo a bênção, outras só a maldição
Dói-lhes pá
Dói-lhes pá