Ser poeta é ser mais altoÉ ser maior do que os homensMorder como quem beijaÉ ser mendigo e dar como quem sejaRei do reino e há quem ideale andouÉ ter de mil desejos o esplendorÉ ser maior do que os homensE não saber sequer que se desejaÉ ter cá dentro um astro que flamejaÉ ter garras e asas de condorÉ ter fome, é ter sede de infinitoPor almas manhas de ouro e de setimÉ condensar o mundo num só gritoE é amar-te assim, perdidamenteE estas ansiasE vida em mimE dizê-lo cantandoA toda a genteE é amar-te assim, perdidamenteE estas almas, sangue e vida em mimE dizê-lo cantandoA toda a genteE dizê-lo cantandoA toda a genteE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE dizê-lo cantandoE é amar-te assim, perdidamenteE és a alma, a sangue e vida em mimE dizê-lo cantando a toda a genteE é amar-te assim, perdidamenteE és a alma, a sangue e vida em mimE dizê-lo cantando a toda a genteE dizê-lo cantando a toda a gente