Ai, meu barrigudo, mas cadê pé seco?
Mas eu lento falo, mané, e eu sim.
Cadê Zecral, mas como roxo dela?
O caial fugiu com a anabela.
Seu Nicolau,
se foi,
se nossa quadra perdera aquela,
E a culpada ainda não foi ela.
Todo cantador errante,
traz nos peito uma mazela,
Nasce a mão no amigo,
antes de sair o som de cancela.
Todo cantador errante,
traz nos peito uma mazela,
Nasce a mão no amigo,
antes de sair o som de cancela.
Fonte que ficou distante,
que matava a sede dela.
E o coração mais descrente dos amor da catingueira.
Ai,
o amor é uma serpente,
esse vídeo mostra a gente,
Vamos, pois, cantar a parcela.
Dainda,
dainda,
dainda.
Eu sou cantador de coco,
eu não canto parcela,
Parcela é feiticeira,
eu corro as léguas dela.
Ai, ai, ai.
Chegando num lugar,
aonde esteja ela,
Eu vou me adesculpando, me dando nas canela.
Dainda,
dainda,
dainda.
Conheci um cantador de estímulo e valente,
Que mancava dos amores,
zombava a fé dos crentes.
Mas um dia ele topou no patente de uma ginela,
Com o bicho do amor, o cama-pomba e dozela.
E o cantador aos poucos foi se apaixonando por ela,
Até que um dia ficou louco de tanto cantar parcela,
E hoje bebe pela estrada,
me julgando que é culpada,
Beba o cama da ginela.
Eu sou cantador de coco,
Apoio quem canta parcela,
corre um risco,
São Francisco,
morre doido cantando ela.