SímbolosMas dizem-me que tudo é símboloTudo é símboloSímbolosEstou farto de símbolosSímbolosEstou farto de símbolosMas dizem-me que tudo é símboloTudo é símboloTodos me dizem nada quais símbolosSonhosQue o sol seja um símboloEstá bemQue a terra seja um símboloEstá bemQue a lua seja um símboloEstá bemMas quem repara no solSenão quando a chuva cessaE ele rompe as nuvensE aponta para trás das costasPara o azul do céuMas quem repara na luaSenão para acharBela a luz que ela espalhaE não bem elaMas quem repara na terraQue é o que pisaChama a terra aos camposÀs árvores, aos montesPor uma diminuição instintivaPorque o mar também é terraBemVá que tudo isso seja símboloEstá bemQue a terra seja símboloEstá bemQue o sol seja símboloEstá bemMas que símbolo é não o solNão a lua, não a terraMas neste poentePrecoce e azulando-seO sol entre farrapos finos de nuvensEnquanto a lua é já vistaMística no outro ladoE o que fica da luz do diaOra a cabeçaDa costureiraQue para vagamente à esquinaOnde se demorava outroraCom o namorado que a deixouSímbolosEstou farto de símbolosSímbolosNão quero símbolosCriaPobre figura de miséria e desamparoQue o namorado voltassePara a costureiraMúsicaMúsicaMúsicaMúsicaMúsicaMúsicaMúsicaMúsicaMúsicaMúsicaPara a costureiraPara a costureiraPara a costureiraPara a costureiraPara a costureiraPara a costureiraPara a costureira