Numa noite clara de lua redonda
Como um queijo branco no prato do céu
Do meio do mato uma voz ouvi que falava sempre
Cri, cri,
cri
Vestido de noite, perdido no escuro
Parado num canto que não descobri
Seu corpo cumprido de inseto elegante
Confesso não vi
Só ouvi seu canto na perdida sombra
Cri, cri,
cri
Estava sozinho,
sem algum amigo com quem conversasse
Então decidi
Com o grilo alegre vou travar conversa
Ei,
grilo,
não temas que eu não sou de briga Cresce no que eu disse
E o grilo no escuro respondeu na hora como se entendesse
Cri, cri,
cri Fiquei muito alegre
Ele me entendi e me respondia com satisfação
Pus-me a contar fatos que o deixaram quieto
prestando atenção Uma vez, amigo,
veio ao mundo um homem muito
meigo e puro Perdoando a todos,
libertando escravos
Saciando pobres e curando enfermos
Homem tão bondoso como igual não vi
Cresce no que eu disse Respondeu o grilo como se entendesse
Cri, cri,
cri Pois o tal profeta, ele era profeta
Como fosse humano,
dedicado e amigo Recebeu dos homens o pior castigo que já
conheci
Numa cruz pesada foi crucificado
Suas mãos sangraram,
rasgadas,
feridas Sua fronte clara foi lavada em sangue
Padeceu torturas como nunca vi
Cresce no que eu disse
Respondeu-me o grilo como se entendesse Cri,
cri,
cri
Mas um dia,
um belo dia de domingo
Esse homem puro que nenhum pecado no mundo
provou Rompeu as cadeias da morte gelada e ressuscitou
Seu corpo na pedra do escuro sepulcro ninguém mais achou
O nome bendito do ser soberano da glória e da luz
Soa como um hino,
às vezes humano,
às vezes divino
O nome é Jesus Esse doce amigo que sofreu assim
castigo e morte por mim
Para ser sincero devo confessar
Ele foi ferido
para me salvar Bem,
já se faz tarde, vou dormir amigo
Boa noite grilo Mas ó companheiro,
tu cresce de fato no que
eu disse aqui Respondeu-me o grilo como se entendesse
Cri, cri, cri
Quando eu desço você sobe,
quando eu subo você desce
Lá fora dança a gangorra desde que o dia amanhece
Desce,
sobe,
sobe,
desce num compasso sempre igual
No centro um ponto de apoio prende a tábua horizontal
Há borrões de sol vermelho na loira manhã sem par
A gangorra não descansa, sobe, desce sem parar
A gangorra é como a vida nos movimentos que tece
Quando eu desço você sobe,
quando eu subo você desce
Você que ficou no alto não deve de mim sorrir
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03:25