Às vezes em sonho tristeOs meus desejos existemLonge e com a menteUm paísOnde ser feliz consisteApenas em ser felizVive-se como se nasceSem o querer nem saberNessa ilusão de viverO tempo morre e renasceSem que o sintamos correrDo rarear dos deuses e dos mitosDeuses antigos vós ressuscitaisSob a forma longínqua de ideaisDo que vós concebeis mais circunscritosDesdenhais a alma exterior dos ritosO tempo morre e renasceE o sentimento que o gerou guardaisO sentir e o desejarSão venidos dessa terraO amor não é amorNesse país por onde erraMeu longínquo divagarNem se sonha nem se viveÉ uma infância sem fimParece que se reviveTão suave é viver assimNesse impossível jardimLá para além dos seres ao profundoMeditar surge grande e impotenteO sentimento da ilusão do mundoOs falsos ideais do aparenteNão o atingemO único finalMas tenta-na parecer universalNo rarear dos deuses e dos mitosDeuses antigos vós ressuscitaisSob a forma longínqua de ideaisDo que vós concebeis mais circunscritosDesdenhais a alma exterior dos ritosO sentimento que o gerou guardais