Vem, papapá, papapá!
O galo já não canta Mais não canta galo
A água não corre Mais na cachoeirinha
Menino não pega Mais manga na mangueira
E agora que cidade grande É a Rocinha
Ninguém mais mais jura De amor no juramento
Ninguém vai-se embora Do morro do adeus
Prazer se acabou Lá no morro dos prazeres
E a vida é um inferno Na cidade de Deus
Não sou do tempo das armas Por isso ainda prefiro
Ouvir um verso de samba Do que escutar som de tiro
Não sou do tempo das armas Por isso ainda prefiro
Ouvir um verso de samba Do que escutar som de tiro
Pela poesia dos nomes de favela A vida por lá já foi mais bela
Já foi bem melhor de se morar
Onde essa mesma poesia Pede ajuda
Por lá na favela A vida muda
Onde todos os nomes Vão mudar
Lá, lá, ia, diz Lá, lá, ia, vai, ia
Nossa Senhora!
Lá, lá, ia, vai, ia
Lá, lá, ia, vai, ia
Lá, lá, ia, vai, ia
Mas eu disse que o galo O galo já não canta
Mas não canta galo
A água não corre Mais na cachoeirinha
Menino, não pega Lá, lá, na mangueira
E agora, que sagem grande É a rocinha
Ninguém faz mais jurade Amor no juramento
Ninguém mais se glora No morro do adeus
Mas esse acabou Lá no morro dos prazeres
E a vida é um inferno Na cidade de Deus
Eu não sou do tempo das armas Por isso ainda prefiro
Ouvir um verso de samba Do que escutar som de tiro
Não sou do tempo das armas Por isso ainda prefiro
Ouvir um verso de samba Do que escutar som de tiro
Pela poesia Dos nomes de favela
A vida por lá Já foi mais bela
Já foi bem melhor De se morar
Hoje essa mesma poesia Pede ajuda
Ou lá na favela A vida muda
Ou todos os nomes Vão mudar
Palma da mão, vamos lá!
Lá, lá, lá, lá, lá
Nossa Senhora!
Lá, lá, ia, vai, ia
Tá bonito demais!
Lá, lá, lá, lá, ia, vai, ia
Lá, lá, ia, vai, ia
Só vocês!
A palma na mão!
Um aplauso pra paz
Pra todas as comunidades
Da nossa cidade!
Lá, lá, ia, vai, ia
Lá, lá, ia, vai, ia