Tudo no seu devido lugar
Deixe o tempo da vida mostrar
Uma folha dispersa no ar
Indo pra onde quer que vá
Sem preocupar
Nas palavras do vento ouvirei
Reis falando da sua ternura
Refazendo lembranças tuas
Constelando uma assinatura
No céu desnudando saudades cruas
Explorando esse véu da lua
Tempestades da vida adulta
Dentro do nosso barquinho de papel
Na
Navegar
Na paz de quando estamos a sós
Teu olhar
Clareia como o sol
Num completo silêncio falarei
Dessas coisas que me insinua
Sina pura, completa e nua
Me ensina a ser sina tua
Também num momento de amor descansar
Num momento de falha falar
No calor de um barco de papel
Velejar sobre as ondas do mar
Num momento de falta sentir
Numa falta de amor replantar
Cada riso que damos juntos
São flores pra nossa mãe emanjar
Navegar
Na paz de quando estamos a sós
Estamos a sós
Teu olhar
Clareia como o sol
A tez macia do teu beijo escreve minhas poesias
Tu és o vento que me embala a vida
A luz que alume a alma
A deusa que clareia a lua
A vida é crua sem teu ânimo
Viver sem ti não é mais que um ledo engano
É tirar da vida o verbo
É um ser humano sem credo
É ver e optar por ser cego
A companhia de alguém assim tão certo
Só pode ser a presença divina de Deus
Ensinando-lhe o que é amar
Navegar
Na paz de quando estamos a sós
Teu olhar
Clareia como o sol