Faunos do jardim,
bruxas do mar,
delapus e chavalis,
andam grifos a planar.
Quem se engana não tem manos,
de quem é dócil nem falamos.
Entre animais e desumanos,
tens que imaginar.
Eu não sou daqui,
venho a passar para a matiné,
não vou ficar se se esquecer em mim.
Mais devagar, nem assim me convenço,
nem pensar.
Resílios, lutas,
com certeza não há respostas nem perguntas.
Vamos juntos de passeio,
no campo os velhos são carvalhos e sobreiros.
Não se aprende do que sabemos,
não se aguenta o que pensamos.
São meus os teus enganos,
tens que me perdoar.
Eu não sou daqui,
venho a passar para a matiné,
não vou ficar se se esquecer em mim.
Mais devagar, nem assim me convenço,
nem pensar.
Se não está bem assim,
não devias de mim, ensina-me lá.
Eu quero ser melhor,
nem maior,
eu aguento,
ensina-me já.
E tudo o que eu não sei,
que eu não faço bem,
ensinas-me lá.
Tenha paciência para mim,
dá-me amor e carinho quando eu me sinta pior.
E se não resultar, o melhor é mudar, mete.
Eu não sou daqui,
venho a passar para a matiné,
não vou ficar se se esquecer em mim.
Mais devagar, nem assim me convenço,
nem pensar.