Fúria!Ontem falamos de sofrerTanta dor, tanto sofrimentoO mundo finge que não está vendoHoje sou menino de ruaIsto ninguém quer saberPasso noite e dia nas ruasSem nada que comerA água que eu bebo é do rioA vida pra mim perdeu graçaNem sempre eu rioNão tenho motivo pra issoPrefiro é comer no lixoDo que ir atrás de feitiçoSou sujeito à doençaPor conviver sempre com lixoMas é no lixo onde eu tiroO meu mata-bichoQue nem sempre mata os bichosNo meu mata-bichoQuase sempre há bichoCorro riscos atrás de riscosE quando eu não me arriscoTambém não petijoA dor me lida em tiAdorei tu, menino de ruaQuando não te adoroQuando falta poderQuando não há bichoMenino de ruaMenino de ruaEu sou aquele que pede esmolaPara viverAliás, eu não vivoEstou a sobreviverMinha mesa nunca foi fartaHá sempre alimento à faltaA minha falta não faz faltaPois eu estou fora desse jogoPodem ir ver no vanAs ruas não é um bom lugarMas sei lá onde é o meu larPor não ter casa e nem abrigoVivo nas ruas como mendigoAssim como vocêsCorro atrás de perigoAqui não tem bons amigosNem todo mundo é queridoEu confio no SenhorEle é que guia os meus passosEle é quem sabe os meus passosAmémAdorei tu, menino de ruaAdorei tu, menino de ruaAdorei tu, menino de ruaAdorei tu, menino de ruaQuando não te adoroAdorei tu, menino de ruaQuando falta pavêAdorei tu, menino de ruaQuando não abrigoAdorei tu, menino de ruaAdorei tu, menino de ruaAdorei tu, menino de ruaVamos confiar aos senhoresVamos respeitar os idososVamos respeitar os meninos de ruaEnquanto tens, aproveitaAmémOh, oh, ohYeahEpa, muito obrigado a todos que deram a forçaNa IPEF Filhos PródigosEmiliano GicottiEm 73DBeste Da GorduraE a ItupéqObrigado, MascotesFalいましたLegenda Adriana Zanotto