Quando a meia noite passa e a boa gente adormece É que Lisboa tem graça e pelas ruas se esquece De brincar pelas esquinas com o ar de menina boa Houve o pregão dos Sardinas e das varinas da Madragoa Gente a passar e os cinemas a fechar E um casal a chamar por um táxi já tomado E mais além teatros fecham também E lá vai a gente de bem para os retiros do fado Que linda és, Lisboa dos cabarés Das boates dos cafés sem beisbaques no cheado Anda no ar uma voz triste a cantar E uma guitarra a trinar num beco mal afamado Passa um guarda de uniforme que desperta de seguida Um vagabundo que dorme num banco da avenida E noutra esquina despunta um grupinho a protestar Porque bebeu mais que a conta e agora a conta não quer pagar Gente a passar e os cinemas a fechar E um casal a chamar por um táxi já tomado E mais além teatros fecham também E lá vai a gente de bem para os retiros do fado Que linda és, Lisboa dos cabarés Das boates dos cafés sem beisbaques no cheado Anda no ar uma voz triste a cantar E uma guitarra a trinar num beco mal afamado Que linda és, Lisboa dos cabarés Das boates dos cafés sem beisbaques no cheado Anda no ar uma voz triste a cantar E uma guitarra a trinar num beco mal afamado