ParanaparandeioParanaparandeioParanaparandeioQue par de ancas, hein, Chinonca?Credo, Galdêncio, não me olhe desse jeito.Teus olhos estão mais apertados que rato em guampa, tio.Pois guampa é meu sobrenome.Galdêncio Guampa?Não, Galdêncio Ferron da Bufa Grande Guampa.Mas pode me chamar de Odete mesmo.Imagina, Lenny Dale.Que besteira, meu filho.Que no Brasil ninguém repara pra isso não, meu gatinho.Baby, aqui no Brasil tem coisas muito estranhas.Você sabia que aqui no Brasilaté as mulheres me dão bola?O homem que senta, levanta-se.Porque quando foi, já era.O homem que desdoa.Eu ficaria empolgada com o Lenny Dale.O homem que desdoa.Eu havia chegado do Rio Grande do Sule fui parar diretamente no beco das garrafas,lugar onde o mais bobo dava nó em pingo d'água.Me impressionaram fortemente os gestos de Lenny Dale.Aí, eu comecei a tal natação.Fui apelidada de hélice, Regina.O fato é que as pessoas preocupadíssimas com a minha nataçãonão prestaram atenção a uma coisa muitíssimo importante.O meu professor, entendendo quase nada de português,não ligava a mínima pra o que a letra da música quisesse dizer.Se a música fosse forte,que fosse cantada com a maior alegria,com a maior força de voz e de gestos...Baby, você tem de vir de dentro mesmo.Lá-iá-lá-dá-iá-sá-bá-tá-ná-dê-má-riáLá-iá-lá-dá-iá-sá-bá-tá-ná-dê-má-riáÓ meu santo protetor,traga o meu amor.Lá-iá-lá-dá-iá-sá-bá-tá-ná-dê-má-riáLá-iá-lá-dá-iá-sá-bá-tá-ná-dê-má-riáSe é fraca a oração,se é fraca a oração,mil vezes cantarei...Lá-iá-lá-dá-iá-sá-bá-tá-ná-dê-má-riáLá-iá-lá-dá-iá-sá-bá-tá-dê-má-riáBaby, sua voz está ótima,mas braços da preta...Pior que Vênus da Mila.Agora, você tem certeza mesmo que não vão me chamar de bicha.Agora conheço o Pierre Barro.Já disse a você que a barra aqui é super limpa, meu filho.O pessoal é simpático pra burro, faz feijoadas maravilhosas, recebe bem, divino.Que bom.Eu sou colombiano, eu sou teu coco, mas é carnaval e o que importa hoje é quem te ama.E como ele disse ele mesmo, o branco é o mais branco do Brasil.Fazer um samba sem tristeza, Elis, é como um rio sem carnaval.Como Flamengo sem Duval.Como a pilantragem sem o Simonal.Como um banheiro sem jornal.É um desgraça.Entre minas de sacanagem.Não, não se diga.Não se diga.Não, não, não.Só ela.E vem cá, Elis.Você tem certeza com esse negócio de francês e tudo que não vão me chamar de bicha?Você tem certeza com esse negócio de francês e tudo que não vão me chamar de bicha?Concentração, Luísa.Eu sei.Gente, eu tenho certeza com isso.Minha coitadinha.Obrigada, Luísa.E agora, a bestia.E aqui também.Guarte.Ele tiene bochecha.Ouviu primeira vez, era...É por isso que temos que nos esquecer para fazer um filmeObrigado