Fiz um contrato com o ventoDe não me deixar prenderNem por oiros, nem por falhasNem por balas de morrerFiz um contrato com o ventoQue hei de cumprir por inteiroDe ser pão e de ser povoDesde janeiroFiz um contrato com o ventoSobre as rivas da serraDe só portar a mãoA quem disser não há guerraFiz um contrato com o ventoSobre as rivas da serraDe só portar a mãoA quem disser não há guerraFiz um contrato com o ventoQue o vento não sabe lerMas entende deste mundoMais que só o ventoOu os livros de saberMas entende deste mundoFiz um contrato com o ventoFiz um contrato com o ventoEntre estevas e pinhaisPosso cantar toda a noiteQue ninguém me prende maisNinguém me rasga a cançãoNa liberdade de ventoQue o vento é meu aliadoE ninguém amarra o ventoNinguém me rasga a cançãoNa liberdade de ventoQue o vento é meu aliadoE ninguém amarra o ventoNinguém me rasga a canção