Este caos aconteceu no estado da BahiaSeverino de Arbuquerque, sua esposa era LuziaEle era um valentão, só gostava de arreliaCom dez anos de casado, nem um filho não queriaPor causa de não ter filho, eles brigavam todo diaUm dia de tardezinha, a mulher pegou a dizerEi, que vale teu marido e não ter gosto pra viverSe Deus me mandasse um filho, que bom que haviaDia de serSeverino ficou bravo, ele falou sem quererSó se for filho do diabo, eu arranjo pra vocêSeverino disse aquilo e saiu muito empesadoFoi andando pela estrada num lugar arretiradoEncontrou um menininho tão fofoTão bonito e tão coradoLá na beira do caminho, ele estava abandonadoTrouxe o menino pra esposa e teve penado, coitadoA mulher ficou contente quando viu o garotinhoEla foi pegar o pente pra pentear seu cabelinhoTomou um susto de repenteQuando viu os dois chifrinhosNão sabia essa inocente que o menino era um diabinhoMesmo assim ela disse, ele vai ser o nosso filhinhoQuando ela disse isso, uma voz da respondeuDe pé na beira da cama, o diabo apareceuNa presença dos chifrinhosE o chifrinho, o chifrinho, o chifrinho, o chifrinhoSó foi que o palentão tremeuO diabo virou e disse, esse menininho é meuCarregou ele nos braços e os dois desapareceu