Ouvir os teus segredos, escondi os meus coletosGuardei-os juntos no armário para ninguém verPassado é passado, eu sei que todos temosMas descobris o meu, vai-me assombrando os pensamentosNão mexas nos arrumos, é lá que eu guardo tudoHá coisas tu tens de saber e isso eu assumoTu vives de barulho e o meu amor é mudoAté te consegui dizer tudo o que eu fiz e não me orgulhoNão há segredos a três, tu olhas mas não me vêsEu vou sentindo a falta de empenho da tua parteSempre desenhaste bem, mas pintas fora das linhasE colorir para mim também é arteVoa!Voa para longe a terra neutraDeixa-me odiar-te para te poder amar de novoDeixa que o tempo passe para quando quiseres que eu faleDeixá-lo passar mais um poucoNão queiras saber dessas coisas que eu guardei para mim, nãoNem peças só para eu te dizer onde é que eu a escondi, nãoEu guardei segredosDe tantos enredosNo mesmo lugar onde eu guardo o esqueletoEu sei que tu querias viver de jurasMas eu queria mais e só cobrava jurosNão me traias com esses lábios de JudasDo pouco que sobrou tu levaste tudoTu quiseste fugir e seguir outro rumoEu sonhava contigo, agora pouco durmoForam noites a fioA lembrar que eu amei a tua alma até aos cantos mais sombriosSei que não há razão para discutirmos sobre issoSobretudo quem discute sobre nada raramente sente muitoEu prefiro como sempre assumir a culpa em tudoDo que ter-te como sombra no meu mundoVoa, voa para longe a terra neutraDeixa-me odiar-te para te poder amar de novoDeixa que o tempo passe para quando quiseres que eu faleDeixá-lo passar mais um poucoNão queiras saber dessas coisas que eu guardei para mim, nãoNem peças só para eu te dizer onde é que eu a escondi, nãoEu guardei segredosDe tantos enredosNo mesmo lugar onde eu guardo esqueletosNão queiras saber dessas coisas que eu guardei para mim, nãoNem peças só para eu te dizer onde é que eu a escondi, nãoEu guardei segredosDe tantos enredosEnredos No mesmo lugar onde eu guardo o esqueleto