Esqueci-o numa das coisas e abri todas as janelas.
Perdi-me no fundo da noite por entrar,
dançadas estrelas.
Chamei-a-me e as lembranças,
dancei com elas
na roda das minhas esperanças perdidas.
São-te os meus cabelos ao vento que me traz o cheiro doce.
Do mar ao fundo da praia, cantando como se fosse
o meu amante perdido que agora regressasse
e que cantando nas ondas a segredo me chamasse.
Sozinha aqui no meu quarto neste meu ponto de abrigo.
Bebo o vinho do silêncio que se vai-me acrescer.
Fecho os olhos e estremeço num arrepio de prazer.
Bebo a luz que me percava,
o corpo numa carícia.
Fecho os olhos e adormeço,
inebriada em delícias.
Sozinha aqui no meu quarto neste meu ponto de abrigo.
Sozinha
aqui no meu quarto neste meu ponto de abrigo.
Sozinha aqui no meu quarto
neste meu ponto de abrigo.
Sozinha
aqui no meu quarto neste meu ponto de abrigo.
Sozinha aqui no meu quarto neste meu ponto de abrigo.
Ao fecho os olhos e adormeço,
inolvido no mar comigo.