Era noite de lua cheia,
eras tua a minha beira, era o fim daquele verão.
Era um adeus à vida airada,
o início de outra caminhada,
a mudança de estação.
Era o teu olhar sereno e o meu coração
pequeno para guardar tanta ilusão.
E quando te achegaste lentamente e num só
beijo de repente me levaste toda a razão.
Que mistério é esse para me deixares assim
sem jeito e ainda me apressares o peito quando
tu pegas na minha mão?
Que segredo é esse para me enrolar assim na
tua teia e ainda me perder no brilho quando
volta a lua cheia?
Era noite de lua cheia e de tantas a
primeira sem querer outra aventura.
E assim fiquei teu namorado,
o teu amigo desarmado num lado certo da loucura.
Que mistério é esse para me deixares assim
sem jeito e ainda me apressares o peito quando
tu pegas na minha mão?
Que segredo é esse para me enrolar assim na
tua teia e ainda me perder no brilho quando
volta a lua cheia?
Que mistério é esse para me deixares assim sem jeito
e ainda me apressares o peito quando tu pegas na minha mão?
Que segredo é esse para me enrolar assim na tua teia
e ainda me perder no brilho quando volta a lua cheia?
Arararaião.