Abrem-se os portões e na visão é só declive Meio livre, se só pensar no fim você não vive
Grades simbólicas, católicas, de papel Emocionais, a retórica do aluguel do corpo
Que embrulha a luz, perde a adesão todo dia Lotada de sangue quente, gente fria
Minha geração quis fazer o que deu na telha de vidro
Então de cinco não restou nenhum sentido pra existir
Que tirasse a liberdade dessa pilha de desejos
Se escolhe, se alimenta ou marca a trilha
E pra provar, alguns vão provar de tudo e não vão voltar
Consciência é a armadilha que não costuma soltar
Então tira essa toga, pois todo exagero é droga
Ninguém é inocente, uma hora todo mundo desloga
O sol desliga e tudo acaba em perdoar
Desfazer dos pesos pra ser possível voar
Divina todo o céu que abriga e não tá pra te condenar
Oposto a festa do teu sofrer e do teu penar
A liberdade vai cantar no seu ouvido bem baixo
E o preço dessa liberdade é ensinar outra canta
Onde a consciência repousa, além de bem e mal
Abra a cortina da retina na oficina universal
Sacrofício, nano 12, 012, fez sentido
Doze meses, doze ciclos, doze vezes, doze ciclos
Com o filete da maçã se rompe o véu
Sabedoria, nesse lote, tempo e espaço, tudo se corromperia
No final todos tão certos, escravos dos próprios erros
Os próprios dilemas, sofrendo os mesmos problemas
Nesse loop eterno, vem
Cada estrela é um sol, curado é se vice-versa
A vida gosta desse caos, não tiro a razão de quem se sente só
Ouvi dizer que a vida deve ser o espírito brincando de morrer
Homem na terra erra, não tem carne que não berra
Nem depressão que tão cedo se encerra
Quero sentir nas asas do infinito minha imaginação
Nunca é tarde pra mudar de direção
Sei que não é sumidade, papo de entidade encarna
Santos na taberna, na guerra, metal real, interna, externa
Algemado, oliva, arbítrio, caminhada satisfaz a voar
Pés no chão, ficou pra trás
O demônio bate tudo a seu revólver
Sem alma, sem perdão, entre os meus
Deus do céu
É um ego
Atitude que eu não me identifico
Nunca é derrubar o outro
Tome cuidado
Isso é uma burrice, uma ignorância
O inimigo está a sua
Vai morrer
Palazica