Eu vejo a juventude beber da fonte do padrão
É necessário descartar o patrão
Puro suco é a volta da brasilidade pra nova geração
É que eu andei pelos berros, esquisito e sujo
Verbo vivo, vendo o livro, indito e feito, dito cujo
Eu tô de ônibus, nada escapa da coruja
Sou guepardo, mas na calma também sei ser caramujo
Me escuta, fala água, faz espuma
Difícil é sair da bolha, vivo fica na encolha
Folha já foi uma resma, prefiro tá na merda que ficar na mesma
Escolhas, renúncias, palavras são gotas
E eu pingo nas línguas, na boca das múmias
Cidade é correria e o tempo suga
Cinza, capaz de fazer buda roer unha
Quando me calo ouço o beat, furacão 2000
Tipo o disco do barril
Não minto quando disse que ouvi de um cacique
Puro suco é a melhor dupla desde Rashid e Kaique
E daí, como é que é?
Fogo na bomba de Itagua até eu te ver
Peso sua lombra e daí, como é que é?
Fogo na bomba de Itagua até eu te ver
Segura sua onda
Espelho complexo, eu converso com reflexo
De Deus, de Deus, de Deus, de Deus
E perco toda forma da circunferência
Qualquer circunstância que me faz sentir o lado do dislexo
Conecta com essa tal presença
Vultures na minha cola, tenho atributos na minha sola
Que trazem cores fora do padrão
São tons inconscientes que confundem o professor
Que se questiona porque seu melhor aluno nunca assistiu sua aula
Escola da vida, jovem descolado, solto pelo mundo
No pé da lua nova, com as unhas encravadas
O homem atual seguindo ideias antigas
Centrifugo, ricaço rumo a um discípulo
Já não se caminha
O fruto proíbe, der vitamina
Então bebe o suco, degusta, aprecia
Perceba o desempenho de quem tem a profecia
Espia
E daí, como é que é?
Fogo na bomba de Itagua até eu te ver
Peso sua lombra e daí, como é que é?
Fogo na bomba de Itagua até eu te ver
Segura sua onda
Fogo na bomba de Itagua até eu te ver