Sinto o corpo imantado e o coração dispar
Penso você do meu lado, aí você chispa
Zanza,
outra cidade,
beleza nômade Eu zaranza,
digo a verdade,
não sei se topo
a transa Minto, comprei a passagem a fim de você
Posso até me perder,
tenho que relembrar O que a vida era antes da vida me dar
Seu doido enigma,
seus olhos de âmbar,
seu toque de almisca
Ignea,
mulher salamandra,
sumiu na faísca Signo de liberdade,
meduquidade
Já não ser digno,
na minha idade,
de tanto dinamismo
Perdido,
troquei a passagem atrás de você Nem sei mais onde estou,
qual o chão, qual
o voo Lembro só da bomba engatilhada em Moscou
E da sua cara,
o avesso da bomba,
o possível núcleo do que eu sou
No rio em BH,
já criei fama Vou me deitar num leito-cama
Vou lhe encontrar em Salvador
Indo na estrada clara e radioativa,
adivinho ainda
A sua cara, no céu do fim do mundo, sim
O corpo imantado e o coração dispar