Mais que uma rosa, mais que um perfumador
De uma cena de ciúme
Faço prova aparatosa do meu amor por ti
De peito aberto, cabeçal do meu mostro
Tens minhas feridas de guerra
Gentileza que o peito descerra
Aceita o meu ciúme
À vista de todos por cortesia
Salta-me a tampa, vou ao teto
Como quem cede um afeto
Em plena luz do dia
Ciúme que não sai do peito
É espinho que corta o meu coração
Vira aí tu
E queima como sal
A frio onde fermenta todo o mar
Podes soltar aos quatro ventos
Podes não contar a ninguém
Mas toma conta dos meus tormentos
Como um presente de quem te quer bem
Guarda esta vida
Vira, menina, aceita a minha gentileza
Voada como uma certeza
De haver quem te queira assim
E se eu às vezes abuso do meu
É porque nunca acusas o toque
Por mais ciúme que eu te provoque
Nem sequer um pingo do teu
Ciúme que não sai do meu coração
Não sai do peito
É espinho que corta a gaito
E queima como sal
A frio onde fermenta todo o mar
Em plena luz do dia
É espinho que corta o meu coração
Oh!
Oh!
Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Oh, oh, oh