Canoa de velaCoelho de vela erguidaQue vens do cais da ribeiraCaivota que anda perdidaSem encontrar companheiraO vento sopra nas frangasO sol parece um morangoE o tejo baila com as vagasA ensaiar um fandangoCanoa, conheces bemAndo a norte pela proaQuantas docas tem LisboaE as muralhas que ela temCanoa, por onde vaisSe algum barco tiverE a balruaNunca mais voltas ao caisNunca, nunca, nunca maisCanoa de vela pandaQue vens da boca da barraE trazes naragem brandaGemidos de uma guitarraTeu arraiz prendeu a velaE se adormeceu, deixá-loAgora muita cautelaNão vá ao mar acordá-loCanoa, conheces bemAndo a norte pela proaQuantas docas tem LisboaE as muralhas que ela temCanoa, por onde vaisSe algum barco tiverE a balrua nunca maisVoltas ao caisNunca, nunca, nunca maisCanoa, por onde vaisSe algum barco tiverE a balrua nunca maisVoltas ao caisNunca, nunca, nunca maisNunca, nunca, nunca mais