Meu mano, não passam aviões em CampolideE de repente, Almada ficou tão distanteEu descortino-te num sonho, uma miragem no fioQuase real, mas só por um instanteNão passam aviões por cima da minha casaAs saudades que eu tenho do barulho constanteAté sinto falta do autocarro que atrasaFaz tudo parte de um puzzle giganteCalendário reduzido a datas de aniversárioDepois de cota eu entendo que não sou tão sedentárioSempre que escrevo mais parece inventárioO espírito precisa de ginásioE solárioEu sei que vai ficar tudo bemMas tenho que dizer, é difícil manterSem aqueles a que é o mais quero o bemEu sei, sei que vai ficar tudo bemMas tenho que dizer, é difícil manterSem aqueles que me querem tambémEu seiEu sei, sei que vai ficar tudo bemEu seiEu seiEu seiEu seiIr ao pão agora sabe a excursãoQuinta dimensão passou de sério e alonga a duraçãoAlonga o coração, estica o bem irmãoNão percas a noção, não precisa de proteçãoMáscara é para a cara, peito é para estar abertoMais tempo e para, isto vai dar tudo certoNo fundo eu estou bem, só preciso de estar mais pertoDaquilo que me faz andar vivo e despertoEuSei que vai ficar tudo bemMas tenho que dizer, é difícil manterSem aqueles a quem eu mais quero o bemEu seiSei que vai ficar tudo bemMas tenho que dizer, é difícil manterSem aqueles que não querem tambémEu seiEu seiSei que vai ficar tudo bemEu seiSei que vai ficar tudo bemEu seiSei que vai ficar tudo bemSei que vai ficar tudo bemEu seiSei que vai ficar tudo bemSei que vai ficar tudo bemEu seiSei que vai ficar tudo bem, sei que vai ficar tudo bemEu seiEu seiEu seiEu seiEu seiEu sei