Me contou José Reimundo, pescador de profissãoEscutei a sua história com muita demiraçãoEsquei lá no porto fundo, pega peixe de montãoMas dentro da capoeira, na noite de sexta-feiraAparece sobraçãoÔ, caboclo, me falouVem tirar os olhos do chãoMas eu não acreditei, não caiu em sapiaçãoEu virei de cifraE pra ele quero ver esse bichãoVou pescar no porto fundoPorque a arma do outro mundoEu não acredito, nãoQuando foi na sexta-feiraNa noite de escuridãoPreparei a minha roupaMinhas varas, fui na cinta ao meu facãoTambém levei um borreioSó pra dar uma liçãoPensei, veja que colosoFiquei na beira do poçoEsperando essa visãoQuando era meia-noiteComeçou dar o churubãoQuando era meia-noiteSaiu de vento do matoFazendo um barulhãoEra o José ReimundoQue vinha com uma tensãoEra mesmo um bicho feioMas quando ele viu meu reinoSaiu num desbaratãoEu então corriaE atrásCom o meu reino na mãoEle fez uma reinadaQue até hoje tem regãoHoje todo mundo pescaPega peixe de poçãoTodo pescador cegadoE outra em lugar assombradoAcabou a assombração