Inclinado para trás numa cadeira de um café
Num jogo de atenção em que finjo não te querer
E há uma camada de mistério em cima de mim
Que eu punho sempre ao espelho quando venho ter contigo
E assim tu vens-te aproximando E sem querer vou dando sinais
Nem com sabão azul e branco consigo apagar o rastro
E nasce um brilho novo no teu olhar
Mudeste o isco,
me o detém, cuida
É uma armadilha
Quando eu conseguir já não te quero
mais Vai-te embora agora é tarde demais
Sai daqui
Deixei uma coisa debaixo da mesa Os meus mecanismos de defesa
Tentas não te espigar Mas quando encostas a cabeça no meu ombro
Ou me agarras o braço eu vejo tudo a olho nu
Tento ignorar A nossa balança de emoções
E gasto o meu plafom contigo
E assim tu vais-te aproximando
E sem querer vou dando sinais Que digam não quero assim tanto
Mas faz o efeito contrário E se eu soubesse
O primeiro que a fé não aparecia Escrevia num guarda-napa
É uma armadilha Quando eu conseguir já não te quero mais
Vai-te embora agora é tarde demais Sai daqui
Deixei uma coisa debaixo da mesa Os meus mecanismos de defesa
Volto sempre à conversa do costume A dar-te um cartão vermelho
Tudo em cima do joelho Ponho a bola preta no buraco ao começar o jogo
E não é por eu ser um mau jogador
Sou uma armadilha
A culpa é minha