Já são cinco da manhã Tanto tempo esta noitePara quem começa a viver A rádio sussurra manhatãEm acordes distorcidos Que nos enchem de prazerVão pássaros, morcegos Assustando para-brisasE a paisagem que amanhece Queres parar, mas não aquiEsta luz parte de ti E o desejo que aconteceDa chuva faço Mil estradas de vidroE o meu carro a rolar No ar o cheiroDo destino No chão a pele quenteNo algarve a acordarJá passamos Castro Verde E escreveste na planícieComo se esta fosse um paísDe papel Dizes o mundo não compreendeMais do que está à superfície Nem me quites para pés e brelEntre neons e nirvana Vais mudando de estaçãoComo se a próxima fosse a melhor E os sons que a serra escondeEntre o asfalto e o monte São mais que a pressa do motorToda chuva a face do chão E o desejo que amanheceMuitas estradas de vidro E o meu carro a rolarNo ar o cheiro Do destinoNo chão a pele quente No algarve a acordarIhhhhhh IhhhhhhhhhhUm dia de silêncio é um dia de amarguraIgual a outro dia qualquerTrazes nos olhos o desejoOnde vejo a aventura que ainda vamos viverA chuva a face, mil estradas de vidroE o meu carro a rolarNo ar o cheiro do destinoNo chão a pele quenteNo algarve acordarUh, uh, uh, uh, uh, uhUh, uh, uh, uh, uh, uhUh, uh, uh, uh, uh, uhUh, uh, uh, uh, uh, uhUh, uh, uh, uh, uh, uhUh, uh, uh, uh, oh, ohUh, uh, uh, uh, oh, ohUh, uh, uh, uh, oh, ohUh, uh, uh, uh, oh, ohUh, uh, uh, uh, umMúsica