Eu vim das bandas do sulPoindo com bóis lonceirosEm noites cor do futuroEntre estevas e sobreirosEm noites cor do futuroEntre estevas e sobreirosAprendi o ABC olhando os olhos das gentesFormei-me em vida vividaAo som do ranger dos dentesFormei-me em vida vividaAo som do ranger dos dentesAmei a empalha moídaUsei corpos sem destinoFiz coisas que não conceboCom gentes que nem atiroFiz coisas que não conceboCom gentes que nem atiroCheguei à cidade grandeUsei-me em restos de nadaGastei-me em restos de tudoMinha vida está paradaUsei-me em restos de tudoGastei-me em restos de nadaE agora que nada tenhoAndo à procura de mimPara pagar o que não tiveEntrou-me em um barTroca do que não fizPara pagar o que não tiveTroca do que não fizTroca do que não conteiLegenda Adriana Zanotto