Sofria
e o refúgio
era o tédio
sem encontrar o remédio
para a dor escrita no rosto.
Dizia,
cansado
de procurar,
sem força para chorar,
afogado
no desgosto.
Sonhava um
dia poder fugir
Do tempo que ainda há de vir
Da dor que há numa vida
Por fim
apareceu a tal esperança
Um escudo, um riso,
uma lança
Da mágoa,
uma saída
E assim a cura do mal chegou
A dor, enfim,
terminou
Para trás ficou a ferida
Sonhava um dia poder fugir
Do tempo que ainda há de vir
Da dor que há
numa vida
E assim a cura do mal chegou
A dor, enfim,
terminou
Para trás ficou a ferida